Redes na Web

O que é CDP e LLDP?

Na camada de enlace (camada 2) da pilha de protocolo TCP/IP existem 2 protocolos que nos ajudam na visibilidade e administração eficiente dos dispositivos diretametne conectados. Dessa forma, surgem protocolos como o CDP (Cisco Discovery Protocol) e o LLDP (Link Layer Discovery Protocol), que operam na camada de enlace  e são utilizados para descoberta de dispositivos vizinhos. Ambos desempenham um papel essencial na identificação dos equipamentos interconectados, permitindo que administradores de rede mapeiem topologias com precisão e diagnostiquem problemas com mais eficiência. Veremos as vantagens e as diferenças entre o CDP e o LLDP, destacando suas aplicações práticas no ambiente de rede. CDP – Cisco Discovery Protocol O CDP é um protocolo proprietário desenvolvido pela Cisco Systems. Ele permite que dispositivos da Cisco, como switches, roteadores e telefones IP, descubram informações sobre outros dispositivos Cisco diretamente conectados. O CDP envia periodicamente mensagens que contêm informações úteis, como: Identificação do dispositivo (hostname) Endereço IP Porta local utilizada Plataforma do dispositivo Versão do sistema operacional Capacidades do dispositivo (por exemplo, se é um roteador ou switch) VLAN da porta Essas mensagens são enviadas usando tramas Ethernet com o Ethertype 0x2000, e o protocolo é ativado por padrão na maioria dos dispositivos Cisco. A comunicação ocorre somente entre dispositivos diretamente conectados (sem roteamento). Vantagens do CDP Integração com dispositivos Cisco: Por ser proprietário, o CDP possui suporte profundo e nativo em praticamente todos os equipamentos Cisco, com grande riqueza de detalhes sobre os dispositivos vizinhos. Facilidade de diagnóstico: Ajuda administradores de rede a diagnosticar problemas de conectividade, como erros de configuração de porta ou cabos incorretos, através de comandos como show cdp neighbors. Gerenciamento centralizado: Quando combinado com ferramentas de gerenciamento Cisco, como o Cisco Prime, o CDP contribui para a visibilidade da topologia da rede. Baixo consumo de recursos: O protocolo é leve, com sobrecarga mínima na largura de banda e nos recursos do dispositivo. LLDP – Link Layer Discovery Protocol O LLDP é um protocolo padrão aberto definido pela IEEE 802.1AB, projetado para funcionar de maneira semelhante ao CDP, porém com interoperabilidade entre diferentes fabricantes. Isso o torna uma alternativa ideal em ambientes de rede heterogêneos, onde há equipamentos de marcas diversas, como Cisco, HP, Juniper, Dell, Huawei, entre outros. Assim como o CDP, o LLDP envia informações de descoberta através da rede usando tramas Ethernet, mas com Ethertype 0x88cc. As mensagens LLDP são chamadas de LLDPDUs (LLDP Data Units), e são enviadas por padrão a cada 30 segundos. As informações transmitidas por uma LLDPDU incluem Nome do sistema Porta local Descrição da porta Capacidade do sistema Informações de VLAN Endereço IP Dados adicionais com extensões, como LLDP-MED (para dispositivos de voz) Vantagens do LLDP Padrão aberto : A principal vantagem do LLDP é sua compatibilidade com equipamentos de diferentes fabricantes, o que o torna essencial em redes mistas. Suporte a extensões: O LLDP é extensível, podendo incluir funcionalidades adicionais como LLDP-MED (Media Endpoint Discovery), utilizado em telefonia IP para informar localização, política de QoS e VLAN de voz. Diagnóstico e visibilidade: Assim como o CDP, o LLDP facilita o mapeamento da topologia da rede e ajuda a identificar problemas rapidamente, por meio de comandos como show lldp neighbors. Configuração e controle granular: O LLDP permite controlar quais informações são enviadas ou recebidas, podendo ser configurado para funcionar somente em interfaces específicas. Diferenças entre CDP e LLDP Embora o CDP e o LLDP tenham propósitos semelhantes e operem de maneira quase idêntica, existem diferenças importantes entre os dois protocolos: Característica CDP LLDP Desenvolvedor Cisco Systems IEEE (padrão aberto 802.1AB) Proprietário Sim Não Compatibilidade Apenas com dispositivos Cisco Multivendor (Cisco, HP, Juniper, etc.) Extensões suportadas Limitado LLDP-MED, DCBX, entre outras Intervalo padrão 60 segundos 30 segundos Ativado por padrão Sim (em dispositivos Cisco) Depende do fabricante/configuração Formato das mensagens Simples e direto Baseado em TLVs (Type-Length-Value) Diagnóstico de rede Muito bom em redes Cisco Ideal em redes mistas Considerações Práticas A escolha entre CDP e LLDP depende amplamente do ambiente de rede onde serão utilizados: Redes com infraestrutura exclusivamente Cisco: O CDP é uma escolha natural. Sua integração nativa com dispositivos Cisco oferece funcionalidades completas e de fácil configuração. Redes heterogêneas (com vários fabricantes): O LLDP é altamente recomendado. Sua compatibilidade universal garante que dispositivos de diferentes marcas consigam trocar informações de forma padronizada. Telefonia IP e dispositivos VoIP: O LLDP com a extensão LLDP-MED oferece recursos adicionais essenciais para a configuração automática de telefones IP, como VLAN de voz, localização do dispositivo e políticas de QoS. Segurança e controle: Ambos os protocolos podem representar riscos de segurança se habilitados em portas desnecessárias ou acessíveis a dispositivos não confiáveis. Por isso, é importante limitar o uso do CDP ou LLDP às interfaces onde eles realmente são necessários, e utilizar listas de controle ou filtros para proteger a infraestrutura de possíveis ataques de spoofing ou coleta de informações indevida. Considerações Práticas O CDP e o LLDP são ferramentas poderosas no arsenal dos administradores de rede. Eles simplificam o gerenciamento de topologias, permitem uma melhor compreensão da infraestrutura física e contribuem para a resolução rápida de problemas. O CDP, sendo proprietário da Cisco, é extremamente eficiente em ambientes homogêneos com equipamentos Cisco. Já o LLDP, por ser um padrão aberto, é indispensável em redes modernas que utilizam dispositivos de múltiplos fornecedores, especialmente quando se busca interoperabilidade, escalabilidade e suporte a recursos avançados como LLDP-MED. Em resumo, a escolha entre CDP e LLDP deve levar em conta a compatibilidade dos dispositivos da rede, os requisitos de descoberta, a interoperabilidade necessária e as políticas de segurança da organização. Em muitos casos, ambos os protocolos podem coexistir, desde que configurados adequadamente, proporcionando o melhor dos dois mundos: visibilidade, controle e flexibilidade. Espero que tenha curtido o texto, foi uma forma simples de explicar para quem não conhece sobre o protocolo. Tamo junto e é só o começo Whatsapp X-twitter Youtube Instagram Linkedin Telegram

Diferença entre Interface Vlan No Firewall e Switch

Salve rapazeada, primeiro artigo de 2025 saindo, tirando toda a preguiça das costas.  O papo de hoje é sobre as diferenças de uma interface VLAN no Firewall e no Switch) . Se você não sabe o que é uma interface vlan, para de ler esse artigo, clica no meu aritgo de vlan link .  Depois você volta pra cá. Em 99% dos casos a interface vlan é utilizada como gateway de alguma vlan do seu ambiente.  Como assim? não entendi.  Pensa assim: em qualquer empresa que tenha o mínimo de organização na área de TI, o ambiente é segmentado.   Existe rede para impressora, telefone(voip), dados, gerência dos dispositivos, Wifi de visitantes, Wifi corporativo, e por aí vai.  Para que essas vlans se comuniquem é necessário fazer o roteamento. Vantagens de uma Interface Vlan no Firewall Podemos usar funções como webfilter, IPS, bloqueios mais personalizados.  Podemos fazer bloqueios ou liberações por grupos do AD.  Podemos criar uma regra específica para essa   Desantagens de uma Interface Vlan no Firewall Você terá que criar vlans em todos os switches até chegar no firewall, se esquecer em algum no meio do caminho, não irá conseguir alcançar o gateway, automaticamente não irá fazer o roteamento.  Terá que passar a VLAN nas interfaces trunks de todos os switches Muitas Regras no Firewall, dificultando a visão da equipe de TI. Vantagens de uma Interface Vlan no Switch A configuração das interfaces vlans responde mais rápido, pois o switch já conhece o ID da VLAN. Se essa vlan for excluída, automaticamente a interface vlan fica em shutdown(desligado). Se o switch tiver redundância, podes usar o protocolo VRRP tranqilamente que funciona bem, eu tenho essa impressão que o HA no switch funciona bem melhor que no firewall. O switch já conhece o arp dos dispositivos de cada vlan que ele tem alcançe. Mac-Address Stick: Em switch de fabricante que presta (Cisco, Juniper, Dell, Huawei, Aruba”nem tanto o ..kkkkk” ). Essa função faz que o switch aprenda o endereço mac do dispositivo que vc conectou na porta” exemplo computador”, se eu tirar esse computador dessa porta e colocar um relógio de ponto, o switch não identifica o relógio e informa que a interface está em shutdown.   Para corrigir isso é necessário vc ativar e desativar a interface, é uma boa função de segurança para os switches.  Desvantagens de uma Interface Vlan no Switch Gerenciamento por ACL: Já atuei em clientes que pra liberar o ping  de uma rede para outra é necessário criar uma ACL, e o ambiente do cliente vai aumentando, fica aquela tela preta cheia de acl pra você manipular. Uma situação que precisa de muita atenção sua. Exemplo abaixo Switch não foi feito pra fazer roteamento: Por padrão, o switch foi feito para atuar somente em camada 2 do TCP/IP. Com o avanço tecnológico ele ganhou várias funções, porém não é a sua principal função ser o dispositivo principal de roteamento do seu ambiente. Isso é função de um roteador ou firewall. Inteface gráfica não é um ponto forte em switches. Se vc quer configurar algo no switch, aconselho a ser via CLI, interface gráfica de switch não é nada prática, trava pra caramba e você demora mais tempo para realizar a sua atividade.  Ta blz Glauco, mas e aí,qual é a melhor opção? Depende, qual o tipo de serviço vai ser utilizado nessa vlan? É só impressão? Tráfego de internet? Relógio de ponto? Câmeras CFTV? Algum serviço muito crítico que não possa parar?  Vc precisa analisar e tomar a decisão, caso tenha dificuldade, me contrata que eu te mostro a melhor solução pro seu ambiente. Email: vgsm@redesnaweb.com  Tamo junto rapazeada, fiquem com Deus e até a próxima  Whatsapp X-twitter Youtube Instagram Linkedin Telegram

Diferença entre Roteamento Estático e Dinâmico

Diferença entre Roteamento estático e dinâmico. Salve Salve rapaziada, passei um mês sumido, mas hoje deixei a porra da preguiça de lado e vim escrever. O papo de hoje é sobre roteamento estático e dinâmico, antes de te explicar tecnicamente irei fazer uma analogia para que você possa entender. Se você trabalha, ou pretende trabalhar, no ramo de tecnologia, esse tópico vai ser útil pra você. E no dia que isso aparecer no teu colo tu vais lembrar de mim. Imagine que você está planejando uma viagem de carro de São Paulo para o Rio.  Porra Glauco, por que de carro? “O preço das passagens aumentou, a inflação disparou após o covid veio rasgando no mundo inteiro”. Então você segue exatamente aquele planejamento, sem mudanças no percurso,anotando todas as ruas e estradas que você vai seguir até chegar ao seu destino , mesmo se houver trânsito. Isso é um exemplo de roteamento estático. O roteamento estático é necessário você realizar essa configuração manualmente no seu equipamento, pode ser feita em diversos dispositivos: (computador, switch, roteador, Firewall). Por outro lado,você decide viajar com o GPS.Ele monitora o trânsito, verifica se há bloqueios ou congestionamentos, e ajusta o caminho conforme necessário para garantir que você chegue ao seu destino da forma mais rápida e eficiente possível.  O roteamento dinâmico é um exemplo de como funciona um roteamento dinâmico. Acho que deu pra entender né? Não?! Levanta, toma uma água, e lê essa porra de novo. Não irei exibir a configuração de nenhum fabricante, mas a forma como é configurada é padrão em todos os fabricantes. Exemplo: 10.10.10.0 255.255.255.0 192.168.10.254 Onde o 10.10.10.0 é a rede que você deseja alcançar. O 255.255.255.0 é a máscara dessa rede E o 192.168.10.254 é o IP do gateway que conhece essa rede. Bem tranquilo e bem suave, não tem como errar. Agora vamos focar no roteamento dinâmico. No roteamento dinâmico existe um algoritmo que irá realizar o melhor cálculo para chegar até o destino. Assim,  os roteadores aprendem e atualizam as rotas de forma autônoma Eles são essenciais em redes maiores e mais complexas, onde as condições mudam com frequência. Existem três tipos principais de protocolos de roteamento dinâmico: Protocolos de Vetor de Distância: Os roteadores trocam informações sobre a distância (em número de saltos ou “hops”) para cada destino e escolhem a rota com o menor número de saltos. Exemplo: RIP (Routing Information Protocol). Protocolos de Estado de Enlace (Link State): Os roteadores trocam informações sobre o estado dos links (se estão ativos ou não) e criam um “mapa” completo da rede. A partir desse mapa, cada roteador calcula a melhor rota. Exemplo: OSPF (Open Shortest Path First). Protocolos Híbridos: Combinam características dos dois tipos anteriores, buscando um equilíbrio entre a simplicidade dos protocolos de vetor de distância e a eficiência dos protocolos de estado de enlace. Exemplo: EIGRP (Enhanced Interior Gateway Routing Protocol). Além disso, tem outra divisão muito importante. São os protocolos de roteamento IGP e EGP. Essa diferença é definida no âmbito e ao objetivo de cada tipo de protocolo no roteamento de redes. IGP (Interior Gateway Protocol): É utilizado para roteamento dentro de um único sistema autônomo (AS – Autonomous System). Um sistema autônomo é uma rede ou grupo de redes sob uma administração comum, que compartilham a mesma política de roteamento Seu foco é encontrar a melhor rota dentro de uma rede interna, usando métricas específicas, como latência, largura de banda ou número de saltos (hops). Protocolos IGP são usados para garantir eficiência e redundância no tráfego de uma única rede. Exemplos de uso: roteamento interno em empresas, organizações, provedores de internet ou data centers. EGP (Exterior Gateway Protocol): É utilizado para roteamento entre sistemas autônomos diferentes. Serve para trocar informações de roteamento entre grandes redes (ASs) independentes, como entre diferentes provedores de internet. Seu objetivo é compartilhar rotas entre redes externas e garantir que os dados possam ser entregues corretamente entre diferentes sistemas autônomos, mesmo com políticas de roteamento diferentes entre os ASs. A internet é baseada em protocolos EGP para garantir que pacotes possam viajar por diferentes redes ao redor do mundo. Exemplo de uso: roteamento na Internet, onde diferentes ASs precisam se comunicar. Então rapazeda, espero que vocês tenham entendido o artigo. Tamo Junto e é só o começo.

Diferença entre RIB e FIB

Salve salve galera.  Vamos para mais uma publicação. O papo de hoje é RIB e FIB. Antes de explicar tecnicamente eu vou te dar um exemplo imagina que você mora numa cidade chamada Vila Velha e você pretende viajar até o Rio de Janeiro. Temos vários caminhos até o destino, podemos ir de ônibus, carro particular, barco, avião. Então você decide viajar de carro particular. Mas antes de viajar precisamos do mapa , nele você vai saber a rua onde você está e quais ruas e avenidas para chegar até o destino. Agora que você entendeu a ideia,  imagina que a RIB é o MAPA, onde vai te mostrar o caminho total para chegar até o destino. E a FIB é a rua onde você está, mostra os seus vizinhos que estão diretamente conectados a você. Agora sim, falando tecnicamente RIB (Router Information Base) A RIB (Router Information BASE) É a CONTROL PLANE dentro de um router ou SWITCH Ela armazena todas as rotas conhecidas por esse dispositivo. Contém as entradas da tabela de encaminhamento obtidas através de vários protocolos de encaminhamento (como OSPF, BGP, RIP) e rotas estáticas. Responsável por fazer o ARP e montar a FIB FIB (Router Information Base) A FIB (FORWARD INFORMATION BASE) Esta é estrutura dataplane do router ou switch para determinar rapidamente para onde enviar os pacotes. Contém as informações necessárias para encaminhar os pacotes com base no endereço IP de destino. A FIB só é criada após o processamento da RIB

O que é um Protocolo?

Fala rapazeada, na publicação de hoje irei te explicar o que é um protocolo “no ramo de tecnologia” Antes de começar a explicação técnica, vou te dar um exemplo bom que você vai entender na hora. Imagina que você pegando uma praia em um domingo de sol e um americano te pergunta “ Do you speak english?” e você responde,”yes, i do”.  Percebemos que houve uma comunicação entre você e o americano Duas horas depois um alemão pergunta “Hallo, sprichst du Deutsch?” e você do responde “sorry, i dont understend, i speak english and portuguese, do you speak english or portuguese?” Perceberam que houve uma falha na comunicação verbal entre você o e alemão.No ramo computacional é a mesma coisa, o protocolo serve para fazer a comunicação entre dois equipamentos. A necessidade de ter um protocolo foi detectada no início dos anos 60, quando eles criaram a RFC. As grandes empresas do mundo na época (IBM, AT&T, Xerox, HP, e outras) buscaram formas de fazer os seus equipamentos comunicarem com os de outros fabricantes. Ex: No início da era computacional os equipamentos da IBM não se comunicaram com outro fabricante, era arquitetura fechada Com a criação dos protocolos e a padronização pelas RFC o mercado tecnológico aqueceu de forma exponencial, nos anos 80 surgiu a interface gráfica e os computadores pessoais, e o resto é história. Todos os equipamentos que utilizam algum computador ou internet utilizam Protocolos diariamente. Abaixo segue uma lista de alguns protocolos: Exemplos de Protocolos de Rede IP (Internet Protocol): Protocolo fundamental que define endereços IP e roteamento de pacotes. TCP (Transmission Control Protocol): Protocolo de transporte que fornece comunicação confiável e orientada a conexão. UDP (User Datagram Protocol): Protocolo de transporte que oferece comunicação não orientada a conexão, útil para transmissões rápidas, mas menos confiáveis. HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo usado para transferir páginas web e dados na internet. FTP (File Transfer Protocol): Protocolo para transferência de arquivos entre computadores. Aspectos Importantes dos Protocolos Aqui estão alguns aspectos importantes dos protocolos de rede: Endereçamento e Identificação: Os protocolos de rede definem como os dispositivos na rede são identificados de forma única. Por exemplo, o Protocolo de Internet (IP) usa endereços IP para identificar dispositivos na rede. Encapsulamento de Dados: Os protocolos definem como os dados são encapsulados em pacotes ou frames para transmissão. Isso inclui adicionar informações de controle, como endereços de origem e destino, ao cabeçalho dos pacotes. Controle de Fluxo e Confiabilidade: Alguns protocolos de rede incluem mecanismos para garantir que os dados sejam entregues de forma confiável e na ordem correta. O Transmission Control Protocol (TCP), por exemplo, inclui controles de fluxo, retransmissão de pacotes perdidos e verificação de erros. Estabelecimento e Encerramento de Conexões: Protocolos como o TCP definem processos para estabelecer, manter e encerrar conexões entre dispositivos. Isso garante que a comunicação seja iniciada e encerrada corretamente. Segurança: Protocolos de rede podem incluir medidas de segurança para proteger os dados durante a transmissão. O protocolo HTTPS, por exemplo, utiliza criptografia para proteger a comunicação na web. Interoperabilidade: Protocolos de rede são padronizados para garantir que dispositivos de diferentes fabricantes e sistemas operacionais possam se comunicar sem problemas. Organizações como a Internet Engineering Task Force (IETF) e a International Organization for Standardization (ISO) trabalham na padronização desses protocolos.

O que é VRF?

Fala rapazeada, no post de hoje irei te explicar o que é VRF. VRF (Virtual Router Forwarding) É uma técnica de virtualização de redes  utilizada em ambientes que precisam separar tabelas de roteamento em um único dispositivo. Ela cria múltiplas redes virtuais em um único roteador, separando as suas tabelas de roteamento. A VRF-lite utiliza interfaces de entrada para distinguir rotas para diferentes VPNs e forma tabelas virtuais de encaminhamento de pacotes, associando uma ou mais interfaces de camada 3 a cada VRF. As interfaces numa VRF podem ser físicas, como portas Ethernet, ou lógicas, como SVIs de VLAN, mas uma interface de Camada 3 não pode pertencer a mais do que uma VRF em qualquer altura.     3 Componentes Importantes em uma VRF 1 – Base de Informações de Roteamento (RIB) 2 – Base de Informações de Encaminhamento (FIB) 3 – Instância ou processo separado para o protocolo de roteamento usado em questão, conforme a VRF Utilziada. Vantagens de usar VRF Segmentação de Tráfego No ISP, podemos fazer customizações para cada cliente, sem haver impacto nos outros. Se dois clientes usarem o mesmo espaço de endereço e for necessário evitar a sobreposição (overlapping) Eleva no nível de segurança, podendo separar o tráfego Interno e DMZ. Router Distinguisher Casa service provide pode possuit vários clientes, dos quais podem conter as mesmas redes privadas em seus ambientes (RFC1918), por isso, publicar via BGP pode causar sérios problemas na operadora. Para evitá-los é necessário incluir o parâmetro router distinguiser (RD 111:111)   Com isso, o BGP ao receber as rotas com a mesma ID de rede de diferentes AS (autonomo system) o mesmo irá aplicar RD como identificar único para cada VRF Router Target É um atributo usado para controlar a importação e exportação de rotas entre diferentes VRFs. Ele desempenha um papel crucial na configuração e manutenção de redes virtuais separadas dentro de um mesmo dispositivo físico. Funções do Route Target: 1 – Identificação de Rotas: O route target é um identificador que ajuda a definir quais rotas pertencem a quais VRFs. Ele garante que as rotas específicas sejam reconhecidas e manipuladas de acordo com as regras da VRF à qual pertencem. 2 – Importação Exportação de Rotas: Route Target Export (RT Export): Este é um atributo anexado às rotas quando elas são exportadas de uma VRF. Ele marca as rotas com um identificador que outras VRFs podem usar para importar essas rotas. Route Target Import (RT Import): Este atributo especifica quais route targets uma VRF deve importar. Quando uma VRF importa rotas, ela verifica se o route target das rotas exportadas corresponde ao seu RT Import. 3 – Isolamento e compartilhamento de Rotas: Usando route targets, é possível controlar o isolamento e o compartilhamento de rotas entre diferentes VRFs. Por exemplo, você pode configurar uma VRF para importar rotas de várias outras VRFs, permitindo a comunicação entre essas VRFs conforme necessário Os RT(route targets) são fundamentais para o funcionamento eficaz e flexível de VRFs, permitindo uma segmentação e isolamento adequados das redes enquanto ainda possibilitam a comunicação controlada onde necessário.

Infraestrutura De Redes Sem Fio

Fala rapazeada, no post de hoje iremos falar dos tipos de implementação de redes sem fio.   Modelo BSS BSS (Basic Service Set) em redes sem fio se refere a um conjunto básico de serviços em uma rede WLAN (Wireless Local Area Network).  É uma unidade fundamental de organização em redes Wi-Fi, composta por um ponto de acesso (Access Point – AP) e os dispositivos clientes conectados a ele.  Em termos simples, um BSS consiste em um AP e todos os dispositivos que estão associados a ele para comunicação sem fio. Existem dois tipos principais de BSS: 1 – BSS Básico (Independent BSS – IBSS): Também conhecido como modo ad-hoc, onde os dispositivos sem fio se comunicam diretamente uns com os outros sem a necessidade de um ponto de acesso central.   É  utilizado em situações onde não há infraestrutura de rede central disponível, como em redes ponto a ponto ou em ambientes temporários. Exemplo na figura abaixo 2 – BSS Infraestruturado (Infrastructure BSS): É o tipo mais comum de BSS, onde os dispositivos sem fio se comunicam através de um ponto de acesso centralizado (AP). Este modo é usado em redes Wi-Fi convencionais, onde o AP coordena e gerencia as comunicações entre os dispositivos clientes e a rede cabeada, se houver. Modelo ESS ESS (Extended Service Set) em redes sem fio é uma extensão do conceito de BSS (Basic Service Set). Enquanto um BSS se refere a um único conjunto de dispositivos conectados a um único ponto de acesso (AP), um ESS é composto de múltiplos BSSs interconectados que compartilham a mesma rede. Um ESS permite a cobertura de uma área maior do que um único BSS ,facilitando a mobilidade dos dispositivos sem fio dentro da rede sem perder a conexão. Facilitando a movimentação dos dispositivos entre diferentes pontos de acesso sem interromper a conexão de rede, um processo conhecido como “roaming” Processo de Roaming nas duas  figuras abaixo Vantagens do ESS Múltiplos Pontos de Acesso (APs): O ESS inclui vários APs distribuídos em diferentes locais para fornecer cobertura de rede em uma área maior. Todos os APs dentro de um ESS usam o mesmo SSID (Service Set Identifier), que é o nome da rede Wi-Fi. Distribuição e Coordenação: Os APs dentro de um ESS estão interconectados por uma rede cabeada ou sem fio que coordena o tráfego de dados entre os diferentes APs. Essa rede de distribuição permite que os dispositivos móveis se conectem ao AP mais próximo com a melhor intensidade de sinal. Roaming: Dispositivos sem fio podem se mover de um AP para outro dentro do ESS sem perder a conexão. O processo de mudança de um AP para outro é gerenciado de forma a garantir uma transição suave e contínua da conexão de rede. Em resumo, um ESS expande a cobertura de rede sem fio ao interconectar múltiplos BSSs, permitindo mobilidade e cobertura contínua em uma área maior. O que o mercado usa? O mercado só usa o modelo ESS, exceto se você queira compartilhar o sinal wifi em um local pequeno que precise de apenas um AP Espero que tenha curtido o texto, foi uma forma simples de explicar para quem não conhece sobre o assunto. Tamo junto e é só o começo Whatsapp X-twitter Youtube Instagram Linkedin Telegram

RSTP Rapid Spanning Tree (802.1w)

Fala rapazeada, hoje vou te explicar o motivo de usar a versão do rapid spanning tree. A primeira versão do STP(Spanning Tree) foi lançada em 1990, há 24 anos, é normal qualquer invenção tecnológica daquela época receber melhorias, com o STP não foi diferente. Essa nova versão é conhecida como Rapid Spanning Tree(802.1W). Os conceitos são os mesmos, caso você não esteja entendo, pare de ler aqui, leia o artigo do STP e depois volte pra cá.   Melhorias no RSTP 1 – Convergência Rápida RSTP reduz o tempo de convergência, levando geralmente de 5 a 10 segundos, em comparação com o STP, que pode levar até 30 segundos. 2 – Melhor Desempenho da Rede Pelo fato de ter um menor tempo de convergência, a topologia da sua rede se adapta rapidamente a mudanças, como falhas de links ou dispositivos 3 – Menor Status de Portas Na primeira versão tem 4 status de porta, na nova tem apenas 3.  Com isso, reduzindo o tempo que o seu ambiente fica parado, agiliza o processo de cálculo para a nova rota e facilita a vida de quem trabalha com TI ( Menos Café e mais cabelo kkk) Olha a tabela abaixo que você vai entender 100% 4 – Menor Dependência de Temporizadores RSTP utiliza a troca de mensagens de status entre os switches para determinar o estado das portas, reduzindo a dependência de temporizadores estáticos. 5 – Compatibilidade com o STP RSTP é compatível com STP, permitindo uma transição gradual em redes que ainda usam o protocolo antigo Boas Práticas no RSTP 1 – Configurar o Switch Core como Root Bridge É extremamente importante definir qual é o switch root do seu ambiente, geralmente é o switch core ou distribuição (dependendo da topologia da sua rede). Essa configuração pode ser feita de duas formas: 1 – Configurar de forma manual colocando a prioridade 0 em todas as vlans. 2 – Ajustando como primary na configuração de root.   2 – Utilize PortFast e BPDU Filter e BPDU Guard Na figura acima mostra o switch de acesso e o core. “Se tu não sabes a diferença entre essas funções, leia esse artigo” No switch de acesso as interfaces INT0/1 e INT0/2 estão conectando equipamentos finais (Computador,impressora, relógio de ponto, AP e outros do mesmo modelo) Esses endpoints não realizam nenhum tipo de solicitação de mudança do protocolo RSTP. Por isso é necessário configurar essas funcões na interface.   2.1 -O que é o PortFast? e BPDU Filter Ele faz com que a interface Ethernet acelere a transição das portas de switch para o estado de encaminhamento (forwarding). Evitando todo o processo  dos estados (discarding, listening, learning) 2.2 -O que é BPDU Filter? O BPDU Filter é uma característica utilizada em redes Ethernet, especialmente em configurações de switch, para filtrar Bridge Protocol Data Units (BPDU). BPDU são pacotes usados por protocolos de árvore de spanning (como STP, RSTP, MSTP) para troca de informações de topologia de rede entre switches. Quando o BPDU Filter está habilitado em uma porta de switch, ele impede que a porta receba ou envie BPDU. Isso é útil em situações onde você deseja desabilitar a execução de protocolos de árvore de spanning em uma porta específica, por exemplo, quando você tem uma topologia de rede onde uma porta está conectada a um dispositivo não gerenciado ou a um host, e não a outro switch. Isso pode ajudar a evitar loops de rede não intencionais ou desnecessários em determinadas partes da rede. 2.3 -O que é BPDU Guard? Ative BPDU Guard em portas de acesso para proteger contra loops de rede ao desligar a porta se um BPDU for recebido, indicando uma conexão inesperada com outro switch. Espero que tenha curtido o texto, foi uma forma simples de explicar para quem não conhece sobre o protocolo. Tamo junto e é só o começo Whatsapp X-twitter Youtube Instagram Linkedin Telegram

Leia Isso Antes de Comprar um SWITCH

Na real, você precisa dar ler esse artigo. Quem trabalha com tecnologia tem que saber bem mais que a parte técnica, é reunião com administrativo, cliente, gestor, financeiro, ou seja, temos que ter habilidades sociais e isso ninguém diz na faculdade, aprendemos na correria de trabalho e nas rodas de interações que o RH faz. Quando há necessidade de comprar um equipamento novo é responsabilidade do setor de tecnologia fazer o orçamento dos equipamentos que serão comprados, aí que começa uma saga de muita pesquisa a atenção. Na área de TI, como em qualquer outra área, sempre tem as grandes empresas, quando falamos em compra de switches vem logo na cabeça (CISCO, JUNIPER, EXTREM, ARUBA e outras), sempre pensamos em comprar o equipamento de melhor qualidade, mas o orçamento é parâmetro crucial nessa decisão. Mas falando da melhor parte, parte técnica é claro, tem 3 pontos que você precisa ficar ligado antes de comprar o seu switch, independente da camada que ele atue (ACESSO, DISTRIBUIÇÃO ou CORE). 1 – End of Life (Final de Vida Do Equipamento) Tem aquele ditado que você já ouviu na vida (a gente nasce, cresce e morre), com os SWITCHES é a mesma coisa. Os fabricantes têm que informar para você o tempo de vida útil do equipamento, justamente para os gestores de tecnologia planejarem a troca. A equipe de engenharia do fabricante tem um trabalho danado realizando testes de performance e analisando as métricas do equipamento testado, assim eles conseguem calcular um período de alta performance do switch, após esse tempo, o hardware começa apresentar perda de performance. É nesse momento que o plano de troca de equipamento tem que estar feito e sendo colocado em execução. 2 – End Of Support (Última Data de Suporte) Quando compramos um equipamento novo, cheio de novas funcionalidades, que vão trazer vantagens e melhorias para a empresa. É crucial ter o apoio técnico do fabricante caso haja algum problema que o cliente não consiga resolver. Principalmente se o switch estiver em ambientes críticos como DATA-CENTER, BACKBONE de Operadoras e outros. Dessa maneira temos que ficar atento até quando o suporte do fabricante pode entrar em ação para ajudar em uma situação de crise. 3 – End Of Sales (Final de Vendas) Com a evolução tecnológica, ampliação do 5G e IOT a quantidade de equipamentos que estão acessando a internet hoje em dia é bem maior que há 10 anos atrás. Em 2022 são vários dispositivos que tem conectividades (TV, Celular, Computador, Desktop, Câmera de Vigilância, Cafeteira, Portão, entre outros). É normal qualquer empresa querer lucrar com a venda de seus produtos e serviços, por isso há novas versões de switches com maior poder de processamento do que as versões anteriores. Assim, o END OF SALES é a data que o fabricante informa até quando aquele equipamento será vendido. Geralmente ele é de 4 a 5 anos, após isso vem outra linha de equipamentos com mais features e maior processamento.